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Introdução: Diante da preocupação atual com edificações ecologicamente corretas, pesquisadores vêm resgatando as técnicas e materiais que possam oferecer soluções menos poluentes, renováveis e econômicas para a construção civil. Objetivo: O trabalho propõe a produção manual do tijolo de adobe, que não é queimado e nem utiliza cimento na composição, utilizando solo local e fibras curtas de sisal para que seja utilizado como alvenaria de vedação em moradias econômicas. Metodologia: O tijolo de adobe foi fabricado na proporção (traço) de 2:1:1,5, referente a quantidade de solo, areia e água, respectivamente, com secagem ao ar. Nas amostras que continham fibra adicionou-se a porcentagem de 2%. O solo foi coletado nas dependências do IFSP/Itapetininga. A forma de formato retangular (25 cm x 12,5 cm x 7 cm) foi confeccionada em madeira de eucalipto, recebeu pintura com tinta esmalte e não contém fundo para facilitar na desmoldagem. Após mistura do solo com areia em betoneira, procedeu-se a mistura manual da água com o auxilio de uma enxada.  A moldagem dos tijolos foi realizada colocando-se pequenas porções de material nas formas que estavam sobre uma lona, para facilitar o manuseio dos tijolos durante o período de secagem. O ensaio de compressão foi realizado nas amostras com 14 e 28 dias após fabricação e se baseou na NBR 8492 (2012). Resultados: A resistência à compressão dos tijolos, aos 14 dias foi mais elevada do que aos 28 dias. Comparando as resistências médias entre os tijolos sem fibras e com fibras, constata-se que o adobe contendo fibras curtas de sisal apresenta uma maior resistência mecânica. Conclusão: Pode-se constatar que o adobe estudado pode sim se tornar uma alternativa para a construção de casas de pessoas com baixa renda pelo seu simples e prático modo de fabricação, sendo ele moldado no local da obra o que resulta na redução do custo total. Analisando os valores de resistência à compressão observou-se que a adição do reforço de fibras curtas de sisal apresentou resultados superiores aos do tijolo sem reforço. Verificou-se também que o tijolo pode ser assentado após 14 dias de moldagem, tendo sua resistência diminuída após 28 dias.