Introdução: Os aços microligados possuem importante papel na indústria automobilística, visto que a adição de determinados elementos de liga (Vanádio e Nióbio, especialmente) em concentrações específicas conferem boas propriedades mecânicas dispensando tratamentos térmicos após o processo de fabricação, gerando economia de tempo e energia. Tais elementos impossibilitam o crescimento de grão e provocam a formação de nano precipitados, dificultando a movimentação das discordâncias e consequente aumento da resistência mecânica do material. Durante o processamento desses aços o grau de deformação, a temperatura final de deformação e a taxa de resfriamento tem influência direta na microestrutura resultante. Objetivo: O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a microestrutura das amostras do aço 38MnSiVS5 proveniente de uma barra trefilada a frio a fim de identificar e quantificar as fases presentes no mesmo. Metodologia: As amostras foram cortadas nas dimensões de Ø25x8mm e posteriormente embutidas em resina acrílica para o preparo metalográfico. O processo se iniciou com o lixamento em politriz semi-automática utilizando lixas d’água de grão 100 à 2400 progressivamente. O polimento foi realizado utilizando pasta diamantada de granulometria 1µm e pano aveludado macio. Após a preparação metalográfica, as amostras foram atacadas quimicamente com Nital 5% (álcool 95% e ácido nítrico 5%) por 5 segundos. A análise microestrutural foi realizada utilizando o microscópio ótico Zeiss Axio Lab.A1 e posterior cálculo de porcentagem de fase utilizando o software ImageJ. A microscopia de força atômica foi obtida utilizando o microscópio Shimadzu – SPM 9700 no modo fase. Resultados: O processamento da imagem apresentou uma microestrutura composta de matriz ferrítica e 40% de perlita fina, a microscopia de força atômica apresentou a existência de nano precipitados dispersos pelo material. Conclusão: Os valores de percentual de fase são plausíveis comparados aos encontrados na bibliografia e disponibilizados por fabricantes. Com relação à microscopia de força atômica, não é possível realizar conclusões devido ao baixo número de imagens obtidas e a falta de tempo hábil. Conclui-se que a análise microestrutural foi realizada com sucesso e permitiu a aquisição de informações importantes para as próximas etapas do projeto.