Última alteração: 2018-07-04
Resumo
Introdução: Com a evolução da seleção genética em bovinos leiteiros desde o século XX, progressos começaram a surgir em relação às características produtivas. As vacas começaram a ter um desenvolvimento de glândula mamária, aumento da capacidade digestiva e respiratória e um consequente acréscimo de peso corporal e de capacidade produtiva. Esta seleção não teve a correspondência para qualidade dos cascos e membros, a fim de suportarem maior peso e também as condições ambientais desfavoráveis do confinamento. Com isso, problemas relacionados aos membros dos bovinos adquiriram importância crescente na bovinocultura, sendo em muitos casos, um dos principais entraves econômicos ao seu desenvolvimento. Objetivo: O presente trabalho teve o objetivo de apresentar dados sobre a prevalência de afecções podais e graus de claudicação de vacas em lactação da raça Jersey, mantidas em sistemas de confinamento “free-stall”. Metodologia: Foram avaliados 40 animais, entre eles 20 primíparas e 20 multíparas, em lactação, na cidade de Carambeí - Paraná. Primeiramente foi realizada a análise do escore de claudicação individual, e após a avaliação do escore, foi realizado o exame clínico de avaliação das lesões, onde cada lesão podal e a sua localização era anotada, juntamente com o escore de claudicação, na ficha individual de cada animal. Resultados: Em vacas primíparas, de um total de 256 lesões podais, a média foi de 12,8 lesões/vaca e as lesões prevalentes foram: erosão de talão, erosão axial e doença de linha branca, já em vacas multíparas, a média de lesões/vaca foi de 15,3 e as lesões prevalentes foram: erosão de talão, erosão axial e úlcera de sola. Todos os animais apresentaram lesões podais, mas somente 33% apresentaram certo grau de claudicação. Conclusão: Com este trabalho pode-se concluir que as lesões de maior prevalência em animais criados no sistema “free-stall” foram erosão de talão, erosão axial e doença de linha branca, e todos os animais apresentaram lesões podais, mas somente 33% apresentaram algum grau de claudicação, com isso conclui-se que a presença de lesões podais não condiz, necessariamente, com a presença de claudicação.