PORTAL DE EVENTOS DO IFSP ITAPETININGA, VI CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFSP ITAPETININGA - ISSN 2318-311X

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O USO SOCIAL E IDEOLÓGICO DOS SUFIXOS -DADE E -ISMO: UMA ANÁLISE MORFOLÓGICA
Thamara Pamela De Oliveira Generoso, Alice Pereira Santos

Última alteração: 2018-07-04

Resumo


Introdução: A pesquisa objetiva estabelecer bases morfológicas para a discussão contemporânea referente à significação e à utilização de certas palavras, que podem transmutar-se ou não de acordo com o sufixo empregado, dotando-as de carga ideológica. Os sufixos aqui abordados são -ismo e -dade, levando em conta alguns dos diferentes prismas de análise existentes: o olhar acadêmico sobre o tema, no qual temos opiniões de diversas áreas; a abordagem midiática, em que é analisada a posição adotada pelas grandes mídias referente aos usos dos sufixos; e o prisma popular, cuja análise é em grande parte pautada nas redes sociais. Também são levadas em conta as relações entre signo linguístico, sujeito e linguagem, o fator social como convenção histórica, a autonomia do falante, assim como a determinação do discurso e sua ideologia. Objetivo: A partir da discussão sobre ideologia e intencionalidade dos sufixos no emprego de vocábulos específicos, analisar o contexto de uso e estabelecer base morfológica, em congruência com outras áreas de conhecimento. Metodologia: Foi feito um levantamento de palavras com sufixo -ismo e -dade em dicionários de Língua Portuguesa, como o Houaiss, e agrupadas em campos semânticos. Utilizamos pesquisas de teóricos que trataram de cada um dos sufixos separadamente com outros objetivos e abordagens. Recolhemos, através de formulários digitais, os usos populares e sua frequência, bem como justificações de escolha. Estão em análise os dados levantados, relacionando-os e contrapondo-os, com o apoio teórico de autores como Sandmann (1991) e Rio-Torto (1998). Resultados: Dentre os resultados obtidos, destacam-se as respostas ao questionário de usos linguísticos, em que a maioria dos participantes respondeu que abomina o uso do –ismo na construção “homossexualismo” devido à analogia com patologias. Conclusão: Por ora, as conclusões são que a visão popular ignora as bases morfológicas das construções lexicais, utilizando-as dentro do politicamente correto através de analogias. Porém, pela recolha de palavras em dicionários, constatamos que o incômodo não se estabelece na relação semântica entre o sufixo –ismo e patologias, e sim com a ideia de serem termos construídos ideologicamente, e não referentes a qualidades inatas como os que carregam o sufixo –dade.

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