PORTAL DE EVENTOS DO IFSP ITAPETININGA, VI CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO IFSP ITAPETININGA - ISSN 2318-311X

Tamanho da fonte: 
AS “ANOMALIAS” DE DRENAGEM NA BACIA DO RIO MAMBU, EM ITANHAÉM (SP) E OS REARRANJOS DE DRENAGEM NA ESCARPA DA SERRA DO MAR
Gustavo Aragão, André Santos

Última alteração: 2018-07-04

Resumo


Introdução: A bacia hidrográfica do rio Mambu, localizada na desembocadura no rio Branco, afluente do rio Itanhaém (SP), apresenta diversas anomalias em sua rede de canais fluviais, estas podendo estar relacionadas a evidências desses processos. Objetivo: Objetiva-se estabelecer o levantamento de dados geomorfométricos da bacia hidrográfica do rio Mambu, buscando-se anomalias relacionadas a sua drenagem, possivelmente produzidas por rearranjos de drenagem. Metodologia: Adotam-se os critérios metodológicos propostos por Small (1972), Bishop (1995), Mather (2000), Antón (2014) e Twidale (2004) para a identificação de possíveis rearranjos de drenagem na bacia. Buscaram-se anomalias como: cotovelos de captura, terraços fluviais, rupturas de perfil longitudinal, vales secos, rios desajustados em relação a seus vales (misfit) e padrões de drenagem do tipo barbed. Para tal procedimento foram elaboradas analises de Modelos Digitais de Terreno a partir de cartas topográficas de 1:50.000. Estabeleceu-se a hierarquia de drenagem e seleção dos rios de terceira ordem ou mais para traçar seus perfis longitudinais, buscando-se a presença de knickpoints e knickzonas, pela obtenção dos índices RDE (declividade e extensão), Vf (largura e profundidade dos vales), Af (Assimetria das sub-bacias) e a constatação dos lineamentos topográficos presentes na área. Resultados: Determinaram-se cinco principais rios dentro da bacia e foram delimitadas suas sub-bacias. Os perfis longitudinais demonstraram a presença de expressivos knickpoints e knickzonas, majoritariamente localizados na jusante, onde existem as maiores diferenças altimétricas. O índice RDE reforça a constatação dos perfis, demonstrando as maiores variações na região a jusante da bacia, junto aos falhamentos da Serra do Mar. Para o índice Vf constatou-se vales menos encaixados na montante e bastante encrustados a jusante. O índice Af demonstra uma grande simetria nas bacias, entretanto, a grande maioria das bacias que apresentam certa assimetria estão encaixadas à direita. Os lineamentos topográficos destacam a possível presença de controle estrutural nas áreas mais entalhadas da bacia. Conclusão: Constataram-se diversas anomalias de drenagem na bacia do rio Mambu, possivelmente de origem tectônica e estrutural, os quais podem ter desencadeado capturas fluviais. Futuros trabalhos de fotointerpretação buscarão novas evidências desses processos.


Texto completo: PDF