Última alteração: 2018-07-30
Resumo
Introdução: Dosímetros luminescentes que fazem uso da técnica de luminescência opticamente estimulada (OSL) são amplamente empregados em programas de avaliação de doses ocupacional e ambiental bem como em protocolos para garantia de qualidade de equipamentos e procedimentos em Física Médica. OSL é observado durante a iluminação de materiais que foram previamente ionizados, tipicamente por radiação ionizante. Alguns estudos promissores com a alexandrita (BeAl2O4:Cr3+) natural brasileira têm sido realizados para estudo como detector OSL. Alexandrita é um mineral que tem o Brasil como seu principal produtor mundial, e possui excelentes propriedades físicas como alto ponto de fusão 1870 ºC, densidade 3,79 g/cm³, excelente tenacidade e dureza 8,5 na escala de mohs. Sendo assim, pretende-se produzir detectores de alexandrita como uma alternativa mais acessível aos detectores OSL comercialmente disponíveis, sendo sua produção com o aglutinante perfluoroalcóixido (PFA), polímero derivado da família do teflon que apresenta alta resistência de impermeabilidade. Objetivo: O objetivo geral desse projeto é a produção de detectores OSL de alexandrita natural brasileira utilizando como aglutinante o PFA para aplicações em dosimetria das radiações. Metodologia: A amostra de alexandrita foi previamente pulverizada e peneirada, tratamento térmico em 180ºC por 45 minutos, após esse procedimento a amostra foi misturada a 3,505g de PFA e, posteriormente, foi adicionado 5.976g de silicone. O resultado é uma amostra bastante flexível. Resultados: Os resultados de emissão OSL mostraram que os detectores apresentam características dosimétricas adequadas como resposta linear a dose beta, baixo fading, e boa reprodutibilidade. Conclusão: Como estabelecido no objetivo a produção de detectores de alexandrita foi realizada obtendo um material com características dosimétricas.